domingo, 13 de dezembro de 2009

Práticas e modelos de autoavaliação das Bibliotecas Escolares
Formação RBE/DGID Outubro-Dezembro 2009. Turma DRELVT 09
Formadoras Isabel Antunes, Maria José Vitorino

Síntese da Sessão 2
Módulo 1. Biblioteca Escolar no contexto da mudança

Foram objectivos desta sessão:
· Definir e entender o conceito de biblioteca escolar no contexto da mudança.
· Perspectivar práticas adequadas a estes novos contextos.
· Entender o valor e o papel da avaliação na gestão da mudança.

A actividade solicitada estruturou-se em duas fases.
Na primeira fase, solicitou-se:
Partindo da leitura dos textos fornecidos e do conhecimento da biblioteca escolar que dirige, perspective a sua situação identificando pontos fortes, fraquezas, oportunidades e ameaças e desafios principais que o professor bibliotecário e a biblioteca escolar enfrentam no contexto da mudança.

Para a realização deste trabalho deve usar a tabela matriz disponibilizada neste bloco, que colocará no respectivo fórum. Às áreas a ser objecto de análise encontram-se elencadas na coluna da esquerda da tabela.

Na segunda etapa da actividade, foi proposto:
Seleccione o contributo de um dos colegas e faça um comentário fundamentado à análise efectuada, respondendo no mesmo fórum ao contributo que seleccionou.

Estas tarefas foram cumpridas por quase todos os formandos, havendo a registar apenas 4 casos de desistência. Numa turma muito extensa (permanecem 35 formandos), a segunda etapa da actividade possibilitou um largo espectro de comentários, por vezes dando origem a algum diálogo.

A existência desta sessão e desta actividade revelou-se importante por ter constituído uma oportunidade de abordagem do modelo, que para muitos era pouco conhecido. Simultaneamente, permitiu que se exercitasse o uso da plataforma, ainda pouco familiar a muitos dos formandos. Neste aspecto, ajudou bastante a interacção entre muitos formandos, que se animaram e partilharam conhecimentos e problemas sem reservas, e com geral utilidade. As questões da gestão do tempo por cada um, e da dificuldade de leitura de tantos textos em inglês foram talvez as que mais polémica suscitaram, sendo de assinalar a entreajuda verificada na divulgação de traduções automáticas e de estratégias de organização do trabalho de forma a aligeirar a carga horária a afectar a cada leitura e a cada tarefa.

As tabelas elaboradas revelam reflexão individual e, por vezes, partilhada (nas equipas de agrupamento e, ou, entre formandos com afinidades) sobre o modelo de autoavaliação e, sobretudo, sobre os contextos reais de cada biblioteca escolar e de cada professor bibliotecário. Registaram-se coincidências entre os tópicos mais importantes salientados na literatura e verificados na prática, mais perceptíveis nas tabelas elaboradas pelos formandos com mais experiência na função de professor bibliotecário, que identificam com maior nitidez os aspectos negativos e positivos, o que é natural.

Quer as tabelas apresentadas quer alguns dos comentários produzidos revelam a disparidade de experiência e, até, de formação existente entre os formandos, em que se incluem alguns docentes que já experimentaram este modelo anteriormente. No entanto, a maior parte das dificuldades e dos pontos fortes assinalados coincidem, pelo que a leitura de todos os trabalhos pôde facilmente ser aproveitada por cada um, mesmo que se encontrasse num patamar de conhecimento e de prática distante.

O cumprimento das actividades propostas quase total, quer no que diz respeito à elaboração da tarefa propriamente dita, quer à concretização da segunda fase, de selecção e apreciação de um trabalho de um colega, revelando os elevados empenho e motivação da turma, relativamente aos quais manifestamos, desde já, a nossa grande satisfação.

Registámos algumas fragilidades, que a seguir referimos, numa perspectiva formativa.

A novidade que para muitos constituiu a terminologia utilizada nos textos em língua inglesa dificultou o acesso ao sentido e a aplicação mais desenvolvida de alguns conceitos, nomeadamente na distinção entre ameaças e desafios. Um exemplo: considerar apenas ameaças e desafios de origem externa à escola.

O tempo efectivamente escasso reservado para cada tarefa dificultava a reflexão e a interiorização de conceitos, em particular para os que ainda não adquiriram muita formação sobre Bibliotecas Escolares e, ou, para aqueles que têm rotinas mais pesadas nas escolas onde desempenham as suas funções. Foi notável a forma como todos ultrapassaram este obstáculo, imposto pelas condições objectivas de funcionamento do Curso, e que a Coordenação da RBE viria a reconhecer posteriormente.

A dimensão da turma e as condições de realização desta formação dificultaram igualmente a desejável individualização do apoio das formadores, fragilidade que assumimos e tentaremos ir colmatando, atendendo a prioridades no acompanhamento quotidiano, procurando responder o mais rapidamente possível a questões levantadas, interagir e promover a interacção entre todos nos diferentes forum e sistematizar informação sempre que se verifiquem problemas sistemáticos.

Uma fragilidade que convirá ultrapassar no futuro é o da rentabilização do comentário, que se prende com duas ordens de factores. Em primeiro lugar, com um equívoco d e ordem prática – cada comentário deveria ser colocado em resposta ao trabalho comentado, e não em novo tema no fórum; tal equívoco dever-se-á à falta de prática de uso deste instrumento da Plataforma Moodle. Em segundo lugar, verifica-se que em muitos casos o comentário é relativamente superficial e não fundamenta a apreciação que é expressa. “Gostei muito do trabalho que o colega realizou” é simpático mas não adiciona conhecimento sobre o tema.

Sendo os comentários obrigatórios neste módulo, é curioso verificar que as expressões de sentido crítico e fundamentação de opinião surgiram com maior facilidade nos fórum informais que na área reservada ao cumprimento da tarefa, e que se associa a uma maior formalidade, fazendo perder oportunidades de troca de ideias e de debate.

É de sublinhar a elevada interacção entre muitos dos formandos, partilhando soluções e dificuldades com grande à-vontade e companheirismo. É justo destacar o João Costa, que se tem mesmo revelado um “centro de recursos virtual” utilíssimo, em particular no que se refere traduções automáticas e a ajuda na construção do blogs.

Posto isto, desejamos a continuação de um bom trabalho,

As formadoras

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